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Bioplastia e Sexualidade – CONTEÚDO PARA ADULTOS

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O aumento da circunferência do pênis, engrossamento peniano ou bioplastia peniana é um procedimento onde é utilizado um bioexpansor, (substância compatível com o corpo humano). O procedimento envolve anestesia local e microcânula para aplicação do produto e seu tempo de recuperação é curto, sem interrupção das atividades de trabalho diário. A substância é injetada entre o músculo e a pele não interferindo com a ereção.
A Bioplastia peniana ou aumento de espessura do pênis, é um procedimento ambulatorial não necessitando de internação hospitalar.
A seguir faremos comentários sobre preenchimentos genitais masculinos e femininos e cirurgia de redefinição sexual.
Introdução
O preenchimento genital não tem sido abordado com a devida profundidade nos meios científicos e nos últimos anos raros estudos foram publicados.
Hoje existem diversas técnicas de implantes líquidos infiltrativos com diversos nomes para um mesmo objetivo, carece em nosso meio médico informações comparativas, cabendo ao médico escolher a técnica e o produto que julgue de maior facilidade e mais adequado. Ressalte-se que em 2016 foi realizado o primeiro Consenso Brasileiro de Uso de PMMA (polimetilmetacrilato), onde foram estabelecidas diversas normas de utilização deste preenchedor.
Há disponibilidade de diversos tipos de materiais para implantes, classificados em autólogos e heterólogos, que podem ser sintéticos, naturais e mistos, não sendo o objetivo deste capítulo comentar sobre suas peculiaridades, a escolha do produto vai depender do objetivo almejado, região anatômica a ser implantada, e do conhecimento de cada profissional. Comentaremos nossa experiência com alguns desses preenchedores em bioplastia genital, que inclui bioplastia peniana, saco escrotal, glande, vulva, clitóris e bioplastia após mudança de sexo.
A maioria de materiais biológicos são reabsorvidos dentro de 1 ano, e os materiais sintéticos, até agora, vêm mostrando alguns efeitos colaterais como migração, formação de granuloma e reação alérgica tardia. Tais efeitos são causados, na maior parte das vezes, por seleção e por um uso errado dos materiais. O tamanho e a forma das partículas a ser utilizadas possuem um importante papel(1).
Desde 1945 o PMMA é aplicado em próteses dentárias, implantes nas costelas, cimento de ossos, lentes intraoculares, material de reparo para a cirurgia craniofacial bem como muitos outros procedimentos médicos (2). Por serem inertes e biocompatíveis os implantes de PMMA foram discutidos positivamente em muitos artigos científicos(3). Os experimentos animais com microesferas de PMMA foram empreendidas em 1985 na universidade de Francoforte (4) com o intuito de provar o biocompatibilidade do material. Em nosso meio Menezes & Chacur (2008) (5). estudaram a reação tecidual do PMMA em implantes em glúteos de ratos. O primeiro uso de PMMA como material de aumento de tecido mole em pacientes começou em 1989 conforme descrito por Lemperle (2003)(6). Estes estudos com Artecoll (produto americano com a primeira licença para uso em tecidos moles) mostraram um grau elevado de segurança e de uma taxa baixa de complicações (7-10). Com o aprimoramento da matéria prima houve redução significativa desses eventos. Hoje o PMMA é composto por microesferas que possuem um tamanho entre 40-110 micra, não possibilitando a fagocitose por macrófagos, tornando este um implante definitivo, pois as microesferas se mantém no local indicado, não migrando nem sendo reabsorvida pelo organismo, as mesmas estimulam a formação de colágeno do próprio corpo, não causam rejeição e nem reação alérgica (11-13).