Durante os últimos 15 anos o laser de dióxido de carbono (CO2) tem sido o tratamento padrão para tratamento de pele com rugas 7,8,9, fotoenvelhecimento10,11, e cicatrizes de acne.12,13 Apesar dos bons resultados este tipo de laser tem sido menos usado devido aos seus efeitos colaterais e novos equipamentos têm surgido utilizando o laser de CO2 fracionado.
O rejuvenescimento por sistema microfracionado foi introduzido em 2003 por um sistema baseado em fibra de vidro com onda de 1550-nm.14
O laser Er:YAG opera com onda de 2940 nm a qual produz absorção máxima da água dos tecidos, usado para rejuvenescimento ablativo da pele, 15,16,17
também usado este laser de forma fracionada para tratar rugas, linhas finas e superfície da pele.
No momento atual o laser de CO2 emite ondas de 10.600nm e é o estado da arte em rejuvenescimento dérmico. Estudos com este tipo de laser determinarão a influência dos diferentes parâmetros, dos efeitos adversos e da eficácia clínica. 18,19,20
O termo fototermólise fracionada (FT) foi criado por Manstein et al. em 2004 descrevendo o processo de uma tela formada por pequenos feixes de raios laser produzindo zonas microscópicas de tratamento (ZMT) térmico na pele. Estas ZMT representam injúria seletiva do tecido dérmico levando à formação de colágeno dérmico e reparo do tecido relacionado à idade (substituição do colágeno antigo por colágeno novo). 21 Fototermólise fracionada altera pelo calor somente uma fração da epiderme e/ou arquitetura dérmica deixando intacta a área entre uma fototermólise e outra. Pontes de pele inalterada entre as zonas microscópicas de tratamento (ZMT) resultam em uma rápida cicatrização porque a esta não ocorre apenas a partir dos anexos da pele mas também do tecido adjacente intacto. Os pontos de necrose de coagulação estimulam a derme durante alguns dias então a neocolagênese e a remodelação do colágeno ocorre. A ausência de ruptura significativa da epiderme é origina o termo reepitelização não ablativa fracionada. A combinação de fototermólise fracionada e o laser de CO2 criou o laser de CO2 fracionado microablativo, tecnologia hoje utilizada22. Este tipo de laser faz a ablação da epiderme e da derme 23,24, e trata com sucesso as rugas e cicatrizes. Enquanto a qualidade ablativa do tratamento resulta em excelentes resultados em rugas, fotoenvelhecimento, elastose solar ou cicatrizes a qualidade fracionada reduz o desconforto intraoperatório, a dor pós-operatória e o tempo de cura permitindo o tratamento tanto na face como em qualquer parte do corpo.
Desde o surgimento do laser de CO2 nos anos 90 este tipo de recurso tem sido o tratamento padrão ouro para o tratamento cutâneo facial proveniente de fotoenvelhecimento. Existem vários equipamentos com alta energia, pulso e ondas contínuas de CO2 (freqüência de 10600nm), todos utilizando o princípio de fototermólise seletiva, com diferenças apenas nas características da energia emitida. Embora esta tecnologia seja excelente para o tratamento de rugas faciais7,10,24,25, cicatriz de acne 12, e dano solar e elastose, tem contra si a necessidade de anestesia efetiva, natureza da lesão, tempo de recuperação e risco significante de discromia e cicatriz.
A fototermólise fracionada revolucionou a cirurgia por laser possibilitando a coagulação dérmica sem dano confluente da derme. Originalmente desenhado para emitir comprimento de onda curto não ablativo a fototermólise fracionada (FF) produz zonas microtermais (ZMT) as quais são colunas de injúria térmica controlada, na pele, em um padrão fracionado parecendo imagem digital de pixels. ZMT estão cercadas de pele intacta não tratada, o que permite a rápida reepitelização através da migração de células a partir da epiderme adjacente e das unidades foliculares. O reparo da lesão térmica é acelerado também pela proximidade de fibroblastos sadios os quais estão aptos a regularem a produção de colágeno que migra para a região tratada da derme e facilita a remodelação do colágeno. Esforços para melhorar o sistema não ablativo de FF tem levado ao desenvolvimento de nova geração de lasers de CO2 fracionado21.
As vantagens de lasers de CO2 fracionado sobre o laser de CO2 tradicional são inúmeras. As mais notáveis, com a técnica apropriada, são os baixos riscos de cicatrizes e hipopigmentação. O laser fracionado permite rápida recuperação e poucos efeitos colaterais. A completa reepitelização de aplicação sobre a face inteira pode ser vista entre 3 a 6 dias.
As diferenças entre os aparelhos disponíveis estão na profundidade de ablação, capacidade de coagulação e nos cabeçotes de manejo.
